Durante o CSBC 2016 o professor da UFRGS, Valter Roesler ministrou a palestra “A Medicina do Futuro e sua Integração com a Informática”.
A área da medicina vem incorporando inovações tecnológicas e computacionais, e essa tendência deve seguir no futuro. A palestra apresentou conceitos envolvendo a integração de diferentes áreas para apoiar a medicina nos próximos anos. Roesler abordou aspectos práticos de tecnologias emergentes na área como: integração de smartphones e dispositivos sem fio na medicina; tecnologias disruptivas, como novas próteses robóticas, integração com o corpo humano para controle, regeneração de membros, 3D bio-printers, genética, exoesqueletos, sistemas de tele-laudo, tele-monitoramento, tele-consulta, tele-consultoria e salas cirúrgicas inteligentes. Alguns tópicos possuem relação direta também com melhorias nos aspectos educacionais e de formação na área médica.
De acordo com matéria “Dados que Curam”, publicada na última edição da Revista Veja, o impacto das novas tecnologias de big data no trabalho médico pode ser medido em números. Ao longo da vida, um indivíduo gera o equivalente a 200 terabytes de informações ligadas à sua saúde. Entretanto, em torno de 90% desses dados se perdem porque não são armazenados, ainda. Estima-se que, se os médicos tivessem acesso ao histórico de todos os pacientes do mundo, seria possível reduzir em 20% a mortalidade global. A precisão nos diagnósticos possibilitaria ainda uma economia de 300 bilhões de dólares ao ano apenas para o sistema de saúde dos Estados Unidos. Esses benefícios levam a uma adoção cada vez mais ampla dessa inovação: a cada ano, aumenta em 20% a digitalização de informações médicas no planeta. Portanto, não está tão longe um futuro no qual não mais 90%, quiçá nem 1%, desse conteúdo será perdido.