Caros colegas, membros da SBC,

Estou me candidatando a uma das 5 vagas para o conselho da SBC. Caso eleito, comprometo-me a trabalhar no conselho para que a SBC continue cumprindo, com cada vez mais qualidade, sua importante missão no Brasil. A Computação desempenha um papel fundamental para que se possa atingir o desenvolvimento econômico e social com equidade, tão necessário em nosso país. As TICs nunca foram tão importantes quanto agora e os desafios para nossa área são grandes: a ética, potenciais impactos negativos, sustentabilidade e as questões de diversidade e inclusão não podem deixar de ser discutidas, ao lado das questões científicas e tecnológicas.

Trabalharei para que a SBC contribua nos seguintes eixos:
1) Apoio ao mérito científico e tecnológico para consolidar a posição do país em C&T
2) Promoção da Educação de qualidade em Computação (desde o fundamental até a pós-graduação)
3) Inclusão e diversidade, tanto em termos humanos quanto de distribuição geográfica
4) Colaborações com indústria, empreendedorismo e inovação
5) Colaboração com governos e ONGs visando o bem público
6) Diálogos com outras disciplinas e promoção de projetos interdisciplinares
7) Apoio a grupos emergentes fora dos grandes centros
8) Apoio à Ciência Aberta e ao Software Livre
9) Divulgação científica e participação ativa no debate público
10) Apoio à elaboração de políticas públicas

Finalmente, estarei aberto a trazer demandas e sugestões da comunidade para aprimorar as ações da SBC. Dada a interdisciplinaridade de meus trabalhos, participei de mais de 10 edições do CBSoft, SBRC e SBCM e também de algumas edições do WebMídia, SBSeg, SBAC-PAD, SBCAS, SBGames, SBQS e SBBD. Estou pronto a representar essas comunidades e também outras que me procurarem.

Um pouco de minha trajetória nos últimos 25 anos:
– Graduação em Música na UNESP e em Ciência da Computação na USP
– Após a conclusão de meu doutorado na Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, em 2000, orientei mais de 110 alunos de IC, Mestrado, Doutorado e Pós-doutorados
– Ministrei para mais de 3 mil alunos, presencialmente, disciplinas em Sistemas Distribuídos, Engenharia de Software, Métodos Ágeis, Orientação a Objetos, Ciência de Dados, Computação Musical e Empreendedorismo Digital.
– Autor de MOOCs em português com conteúdo aberto com 294 mil alunos matriculados em todos os países de língua portuguesa do mundo
– Meus vídeos de aulas no YouTube ultrapassam 500 mil visualizações
– Mentor pro bono de mais de 100 startups brasileiras
– Professor visitante no MIT (Senseable City Lab)
– Editor Associado da Communications of the ACM
– Editor Convidado da edição da Communications of the ACM sobre a América Latina (2024)
– ACM Distinguished Scientist
– Coordenador Adjunto na FAPESP de 2014 a 2023, coordenador da parceria com o CGI, programa que financiou 514 auxílios à pesquisa e bolsas em 16 estados brasileiros, totalizando cerca de 250 milhões de reais
– Fundador e Editor-Chefe por 10 anos da JISA, revista científica da SBC de maior impacto
– Organização de dezenas de eventos da SBC e cerca de uma dezena de eventos internacionais da ACM, IFIP e IEEE.
– Membro de comitê de programa de mais de 130 simpósios, congressos e workshops
– Coordenador de projetos de pesquisa colaborativa de pequeno, médio e grande porte, incluindo o INCT da Internet do Futuro para Cidades Inteligentes
– Atualmente, sou suplente no Conselho da SBC e, agora, me candidato a titular.

Candidatura ao Conselho da SBC – 2025
Prof. Flávio Rech Wagner
Instituto de Informática da UFRGS
(Ver Mini-CV ao final)

Proposta de atuação no Conselho

Tenho uma larga experiência com as atividades da SBC em todas as suas múltiplas dimensões, a partir de minha atuação tanto em diferentes posições da Diretoria como no Conselho, assim como em Comissões Especiais e organização de múltiplos eventos. Se eleito para o Conselho, eu continuarei dedicando todo meu esforço e entusiasmo para que a SBC continue atuando com excelência em todas as suas dimensões de atuação – apoio à pesquisa científica e tecnológica, ensino de graduação e pós-graduação, ensino de Computação nas escolas, fomento à inovação, ação política.

Considero de enorme importância a compreensão dos impactos sociais, éticos e ambientais da Computação. Não podemos mais ignorar que soluções computacionais podem ter impactos sérios sobre direitos humanos (como liberdade de expressão, privacidade, proteção de dados pessoais) e o meio-ambiente (custo energético, resíduos eletrônicos). Também não podemos mais ignorar as sérias implicações éticas dos vieses algorítmicos das soluções computacionais, que podem levar à perpetuação ou mesmo aprofundamento de preconceitos sociais. A formação dos profissionais de Computação, cada vez mais, precisa incorporar de forma integral a compreensão e a mitigação destes impactos.

Quero me dedicar intensamente à ação política da SBC, promovendo sua atuação junto a outras instâncias da sociedade, como o governo federal, o Congresso Nacional, a SBPC e outras entidades acadêmicas e de representação do setor privado e da sociedade civil. A SBC já exerceu papel muito importante no país, especialmente na década de 1980, na época atuando em defesa de uma política industrial com ênfase na autonomia tecnológica. Nos dias de hoje, há temas ligados à área de tecnologia com imensas repercussões sociais e econômicas e que têm sido discutidos de forma intensa pela sociedade brasileira, como a regulação das plataformas digitais, o combate às “fake news” e os impactos da Inteligência Artificial. Eu quero ajudar a SBC a ter um papel de protagonismo nestas discussões, que esteja à altura de sua missão, de sua história e da excelência de seus sócios.

A partir de minha longa experiência de atuação nacional e internacional na área de Governança da Internet, em múltiplos temas de políticas públicas e de impactos da tecnologia, junto a múltiplos setores da sociedade, conforme detalhado em meu CV, em especial junto ao CGI.br – Comitê Gestor da Internet no Brasil, ao IGF – Internet Governance Forum e à Internet Society, espero contribuir para que a SBC se abra para o debate político relacionado aos impactos da tecnologia, não apenas através de seu Conselho e Diretoria, mas também de seus múltiplos eventos e Comissões Especiais. A partir de uma maior consciência política, construída colaborativamente em seus múltiplos fóruns, espero que a SBC assuma um papel de forte protagonismo no debate nacional.

Por minha atuação em permanente contato com outras áreas de conhecimento, e também pelo meu envolvimento na promoção da inovação e do empreendedorismo, dou bastante ênfase à visão de que a Computação, cada vez mais, é um meio para a solução inovadora de problemas relevantes da sociedade. Como conselheiro, espero trabalhar para que a SBC promova e defenda esta visão, que tem forte impacto sobre o ensino e a pesquisa em Computação, que cada vez mais exigem uma abordagem interdisciplinar, com uma muito forte interação com especialistas de outras áreas de conhecimento.

Fui Diretor do Parque Científico e Tecnológico da UFRGS, fui um dos criadores do Núcleo de Empreendedorismo Inovador da UFRGS (que promove o ensino do empreendedorismo de forma transversal em toda a universidade), sou colaborador na disciplina de Empreendedorismo dos cursos de graduação em Computação da UFRGS e tenho interação permanente com a incubadora tecnológica vinculada ao Instituto de Informática da UFRGS. Tive forte interação com a ANPROTEC, a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores, e através dela tive a oportunidade de visitar dezenas de ambientes de inovação em muitos países da América do Norte, Europa e Ásia. A partir dessa experiência, espero defender de forma enfática as iniciativas da SBC nas áreas de inovação e empreendedorismo, inclusive com impactos sobre a graduação, a pós-graduação e a pesquisa.

Mini CV

Engenheiro Eletrônico (1975) e Mestre em Ciência da Computação (1977) pela UFRGS. Doutor em Engenharia de Computação pela Universidade de Kaiserslautern, Alemanha (1983). Pós-doutorados no Instituto Nacional Politécnico de Grenoble, França (1992 e 2002).

Professor da UFRGS desde 1977, atualmente Professor Titular Emérito do Instituto de Informática, atuando como docente colaborador, tendo sido seu Diretor entre 2006 e 2011. Coordenador do Programa de PG em Computação da UFRGS (nota 7 na CAPES) em três ocasiões, nas décadas de 80, 90 e 00. Líder do processo de criação do curso de graduação em Engenharia de Computação da UFRGS (1999). Diretor do Zenit – Parque Científico e Tecnológico da UFRGS, entre 2011 e 2016.

Sócio fundador da SBC. Coordenador geral do CSBC de 1995, primeira edição a alcançar mais de 2.000 participantes presenciais. Membro da Diretoria em seis mandatos diferentes, em diferentes posições. Vice-Presidente no mandato 1997-1999. Presidente em dois mandatos, de 1999 a 2003. Membro do Conselho da SBC em dois mandatos. Responsável pela consolidação da nova sede da SBC, transferida para Porto Alegre em 1998. Atuação intensa em duas Comissões Especiais – Concepção de Circuitos Integrados e Engenharia de Sistemas Computacionais (da qual fui um dos fundadores). Atuação em dezenas de comitês de programa de eventos organizados pela SBC e coordenação de diversos eventos. Membro do CATI – comitê gestor do CT-Info, fundo setorial de Informática, em 2002 e 2003, indicado pela SBC. Co-coordenador do Seminário dos Grandes Desafios da Computação 2025-2035, promovido pela SBC em 2024. Agraciado pela SBC com o Prêmio Netwon Faller, por serviços prestados, em 2004.

Membro do CA-CC do CNPq por duas ocasiões e da Comissão de Área da Computação na CAPES. Membro da Comissão de Acompanhamento e Avaliação do contrato de gestão da RNP com MCTI e MEC desde 2009, e seu presidente desde 2013. Bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq de forma ininterrupta por mais de 30 anos, chegando ao nível I-B. Atuação em dezenas de comitês de programas de eventos internacionais. Coordenador do Grupo de Trabalho 10.5 da IFIP (área de “Design and Engineering of Electronic Systems”), entre 2001 e 2007. Agraciado com a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico, maior distinção acadêmica do país, em 2008, por minha atuação no ensino, pesquisa e política científica e tecnológica na área da Computação.

Eleito Conselheiro do CGI.br – Comitê Gestor da Internet no Brasil (entidade multissetorial com representação do governo e dos diferentes setores da sociedade) em três mandatos, entre 2008 e 2017, como representante da comunidade científica e tecnológica, tendo sido indicado candidato pela SBC. Membro do Conselho de Administração do NIC.br – Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR em dois mandatos, entre 2013 e 2017. Agraciado pelo CGI.br com o Prêmio Destaques em Governança da Internet, em 2023. Membro do MAG – Multistakeholder Advisory Group, entidade multissetorial indicada pela ONU para coordenação do evento IGF – Internet Governance Forum, entre 2015 e 2017 e agora em 2025, e participante ativo do IGF, desde 2012. Presidente da ISOC Brasil, capítulo brasileiro da Internet Society, a partir de fevereiro de 2018, agora no terceiro mandato. Coordenador do Chapters Advisory Council da Internet Society, conselho que reúne os 120 capítulos nacionais da entidade. Membro do Comitê Executivo da IGFSA – Internet Governance Forum Support Association, entidade que apoia financeiramente eventos de governança da Internet em todo o mundo, a partir de 2023. Coordenador da Comissão de Avaliação do Fórum da Internet no Brasil, desde 2017. Em todas estas posições, tive e tenho intensa atuação em múltiplos temas relacionados ao impacto da tecnologia sobre a sociedade, inclusive considerando a definição de políticas públicas, legislações e regulações. Tenho desenvolvido intensas colaborações com especialistas de outras áreas de conhecimento e com representantes do setor governamental, das empresas de tecnologia e da sociedade civil.

Caro(a) Associado(a),

Venho apresentar minha proposta como candidata ao Conselho da SBC, gestão 2025–2029. Concorrer ao cargo de Conselheira da SBC representa, para mim, a oportunidade de servir a esta sociedade científica de excelência que, há 47 anos, tem sido fundamental para o avanço da pesquisa e do ensino em Computação no país e, com sucesso, tem contribuído para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil.
Se eleita para o Conselho da SBC (2025–2029), pretendo centrar meus esforços nas seguintes frentes de trabalho:

Sustentabilidade e expansão de recursos para a pesquisa
É fundamental atrair mais recursos para a pesquisa em Computação. Para isso, pretendo, inicialmente, aproximar a SBC das FAPs (Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa), por meio da sua diretoria regional. As FAPs desempenham um papel estratégico no fortalecimento da ciência, tecnologia e inovação em todos os Estados do Brasil, complementando os esforços das agências de fomento nacionais (e.g., CNPq e CAPES), ampliando o alcance do financiamento à pesquisa desde os grandes centros urbanos até as regiões mais afastadas. Entretanto, o fomento à pesquisa pelas FAPs é desigual, o que compromete o avanço da CT&I no país e, por consequência, dificulta o progresso da pesquisa em todas as suas frentes. Por isso, pretendo atuar no Conselho da SBC para estreitar os laços com as FAPs, tornando a SBC uma parceira ativa na definição de prioridades, na alocação de recursos e na articulação de estratégias que promovam a pesquisa em Computação em nível regional, com ações alinhadas à agenda dos Grandes Desafios da Computação.

Ampliar a visibilidade internacional dos eventos organizados pela SBC
Atualmente, parte significativa de nossas publicações tende a ter impacto restrito ao cenário nacional, o que limita seu alcance e relevância global. Para mudar esse cenário, proponho estreitar a comunicação com os Special Interest Groups (SIGs) da ACM, buscando parcerias que ampliem a projeção internacional dos nossos eventos. A SBC já é filiada à IEEE Computer Society e associada à IFIP (International Federation for Information Processing). Contudo, acredito que a aproximação com a ACM (Association for Computing Machinery) — a mais antiga e prestigiada sociedade científica em Computação do mundo — é um passo estratégico. A ACM mantém diversos SIGs que lideram avanços técnicos e científicos em áreas como Engenharia de Software (SIGSOFT), Linguagens de Programação (SIGPLAN), Redes de Computadores (SIGCOMM), Educação em Computação (SIGCSE), Interação Humano-Computador (SIGCHI), entre outros. Dada a relevância do Brasil na formação de pesquisadores e no desenvolvimento científico em Computação, pretendo iniciar um diálogo mais próximo com a ACM SIGSOFT, buscando apoio a eventos da SBC na área de Engenharia de Software, e ampliar gradualmente a participação de outros SIGs em eventos promovidos pela SBC no Brasil.

Expansão da cooperação com a indústria
Fortalecer os laços entre a SBC e o setor industrial é essencial. Proponho aumentar a visibilidade dos nossos eventos e fóruns de debate junto à indústria, bem como promover espaços ativos para centros de pesquisa industriais. Um exemplo disso é a trilha da indústria no CBSoft deste ano, que considero importante ampliar e institucionalizar. Também é necessário incentivar a participação de profissionais da indústria como membros ativos da SBC e de seus eventos. Além disso, é estratégico estimular o investimento da indústria em instituições de ensino e pesquisa com vínculo formal com a SBC. Nesse sentido, instituições como o C.E.S.A.R, em Recife, são grandes fontes de inspiração. Outras possibilidades de cooperação podem se concretizar por meio da Lei do Bem, que oferece incentivos fiscais para empresas que investem em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica. Dado que ainda é modesta a interação da SBC com a indústria, pretendo contribuir para fortalecer essa aproximação, elevando o reconhecimento da SBC junto ao setor produtivo e, assim, consolidando sua relevância como uma sociedade científica essencial para o avanço da pesquisa e do ensino em Computação em todo o Brasil

Por fim, coloco-me à disposição para o diálogo com colegas associados de todas as áreas de atuação da SBC, com o intuito de construir, de forma colaborativa, uma atuação efetiva e comprometida com os propósitos da nossa Sociedade.
Genaina Nunes Rodrigues é professora associada no Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Brasília desde 2009. Doutora pela University College London (2008), é mestre pela UFPE (2002) e bacharel pela UnB (1999). Já foi premiada em eventos importantes da área, como o ICSE e o SEAMS em 2024, e o SBCARS em 2019. Em 2020, foi pesquisadora visitante na Humboldt Universität zu Berlin com bolsa CAPES/Humboldt. Em 2013, co-organizou o maior evento nacional em Engenharia de Software da SBC, o CBSoft (Congresso Brasileiro de Software: Teoria e Prática) e atua ativamente em comitês de programas de conferências nacionais e internacionais. Ela é atualmente parte do corpo editorial do ACM Transactions on Autonomous and Adaptive Systems (TAAS), membro do comitê organizador por vários anos da conferência internacional SEAMS, membro do comitê de programa de eventos nacionais e internacionais em Engenharia de Software assim como de vários eventos dentro do CSBC. Em 2025, ela foi convidada para apresentar no grupo de trabalho em Engenharia de Requisitos (WG-2.9) do IFIP. Desde 2023 ela tem organizado no Brasil a escola de verão RoME (Robotic Mission Engineering), financiado pela ACM SIGSOFT, um evento pioneiro na América Latina.

Página pessoal: https://genaina.github.io/
Lattes: http://lattes.cnpq.br/2966913210268454
Email: genaina@unb.br

Atenciosamente,
— Genaína.

Caros colegas da Sociedade Brasileira de Computação, convido-os a apoiar minha candidatura ao Conselho da SBC, confiando na trajetória que construímos juntos ao longo dos anos. Com muitas décadas dedicadas à docência superior, quatro mandatos na Comissão de Educação e contribuições reconhecidas nacional e internacionalmente, coloco-me à disposição para seguir servindo à nossa comunidade com o mesmo vigor e compromisso. Minha visão para o Conselho é clara: fortalecer a representatividade plural, valorizar a diversidade de gerações e experiências, e promover a excelência que sempre caracterizou nossa sociedade. Conto com seu voto para, juntos, ampliarmos o impacto da SBC na formação, na pesquisa e na construção de uma computação mais inclusiva e relevante para o Brasil e para o mundo.
Para ver a proposta completa acesse: https://palazzo.pro.br/SBC“

José Palazzo Moreira de Oliveira

Declaração Pessoal para concorrer ao Conselho da SBC.

Estar no Conselho da Sociedade Brasileira de Computação é um trabalho voluntário que permite acompanhar seu funcionamento bem como propor e incentivar melhorias. Pessoalmente, é uma honra receber novamente a indicação para contribuir com o Conselho e gostaria de expor algumas ideias para sua consideração.

Acredito que nossa Sociedade seja tão forte quanto as pessoas que dela participam e que estão comprometidas com excelência. Mas excelência por si só não é suficiente para o progresso genuíno e uma relevância autêntica.

EDUCAÇÃO. É necessário manter e fortalecer a liderança da SBC na Educação em Computação. Essa liderança precisa estar sempre em ampliação, especialmente com a captação de novos talentos para a área e para a SBC. Novos talentos se revelam entre estudantes e jovens profissionais que almejam por acolhimento, mentoria, rede de contatos e oportunidades. Para a SBC, identificar tais talentos é também uma questão de sobrevivência e continuidade. Ainda, Computação na Educação Básica precisa ser uma bandeira acolhida por todos os nossos segmentos. Precisamos investigar os muitos desafios que se apresentam com a inclusão da Computação na BNCC e ampliar nossos esforços para buscar excelência também no nível Básico. Tais desafios, quando bem trabalhados, se tornam oportunidades ímpares com benefícios imensuráveis para todos.

EXTENSÃO. É necessário apoiar as muitas frentes de extensão que não apenas aproximam nossas Instituições de Ensino Superior da população mas também se configuram como retorno real daquilo que fazemos na Academia para a sociedade brasileira. A Extensão para ter “ficado atrás” na lista de prioridades, na qual a Pesquisa domina muito dos esforços da SBC. É necessário ampliar o olhar da nossa Sociedade também para a minoria de pessoas que carregam a extensão em suas IES e abrem as mais diversas frentes de contato com a sociedade brasileira.

INDÚSTRIA. Como Sociedade Científica a SBC tem muito a crescer para representar demais profissionais da Computação. Toda vez que entro no LinkedIn, fico absolutamente impressionada com a infinidade de talentos brasileiros nas mais diversas frentes do Mercado de TI, no Brasil e no exterior. Talentos produzidos aqui, por nós da SBC. Temos de romper a barreira invisível que parece existir entre ser da Academia e ser da Indústria visando benefícios mútuos. Apenas um exemplo: grupos de trabalho de Educação nas maiores sociedades científicas internacionais incluem pessoas-chave da indústria, especialmente das empresas orientadas à inovação. A Academia e a Indústria têm experiências e habilidades complementares, que se beneficiariam de uma colaboração mais próxima. A SBC deve ampliar suas fronteiras para além do mundo acadêmico. E sabemos que o Brasil produz inovação! então precisamos estreitar nosso relacionamento com essas lideranças brasileiras, que muitas vezes nem sabem que a SBC existe.

DIVERSIDADE. Para essas e demais frontes da SBC, é necessário compor grupos de trabalho e liderança que sejam diversos. A SBC tem historicamente, desde a presidência da profa Claudia, focado na diversidade regional, buscando atender as mais diversas facetas de nosso País continental. Agora é hora de se consolidar como uma Sociedade efetivamente plural, onde todas as vozes são convidadas à mesa. Diversidade, equidade e inclusão precisam estar no cerne de nossas ações; especialmente em 2025, quando DEI tem sido brutalmente atacada nos EUA, dando início a um movimento de retrocesso absurdo. A SBC tem de se colocar como a força política que é, para ampliar e defender o espaço conquistado arduamente por suas mais diversas minorias, não apenas na Academia, mas também no mercado de trabalho de TI brasileiro e latinoamericano.

Finalmente, acredito que, além de suas responsabilidades estatutárias, o Conselho da SBC deve ter um papel ativo junto à Diretoria da SBC na busca de maior sustentabilidade da nossa Sociedade. A SBC, ou como insisto em dizer, nós na SBC podemos muito mais. Agradeço novamente a indicação para concorrer ao Conselho e estou à disposição para continuar contribuindo com nossa Sociedade, especialmente considerando os aspectos pautados acima.

Para conhecer um pouco mais da minha atuação junto a nossa Sociedade, acesse www.dcc.ufmg.br/~mirella/sbc.html.

Mirella M. Moro
Dept. Ciencia da Computacao – UFMG, Brazil

Prezada comunidade de Computação,
Agradeço a indicação ao Conselho da SBC, especialmente por estar ao lado de colegas com trajetórias marcadas pela atuação e contribuição em prol do fortalecimento da nossa sociedade científica.

Sou associado da SBC desde a graduação e, ao longo de mais de 20 anos, tive a oportunidade de atuar e colaborar em diferentes frentes — organização de eventos, participação em Grupos de Trabalho e atuação editorial em periódicos científicos e revista de divulgação — sempre com o compromisso de fortalecer a SBC como espaço plural, colaborativo e socialmente comprometido, pautando a ciência aberta e economicamente responsável.

Nos últimos anos, tive o privilégio de atuar na SBC Horizontes com uma equipe que conduziu ações e produziu conteúdos que alcançaram milhares de pessoas durante a pandemia, promovendo a divulgação científica e a interação com a sociedade. Também atuo com a equipe que conduz a JIS, Journal on Interactive Systems: a revista já está indexada nas principais bases nacionais e internacionais, se consolidando como a principal revista de acesso aberto e gratuito no tema, mantida por uma entidade científica não comercial.

Por mais de 8 anos, participei do Fórum dos Programas de Pós-Graduação em Computação, colaborando em grupos de trabalho voltados ao planejamento e à avaliação da pós-graduação, com foco em formação de qualidade, produção científica e tecnológica, internacionalização e ciência aberta responsável.

Essas experiências, desenvolvidas em diálogo com diferentes grupos da comunidade, são alinhadas ao compromisso com uma SBC atuante, economicamente responsável, alinhada à ciência aberta e atenta à diversidade e aos desafios do país.

Com a indicação ao Conselho, reafirmo o compromisso em contribuir de forma propositiva com o fortalecimento da SOL, dos eventos e das revistas científicas, da formação de qualidade em computação, e de ações que promovam a inclusão, equidade regional e internacionalização responsável.

Agradeço as oportunidades de trabalho e colaboração, e me coloco à disposição para atuar no conselho, de forma alinhada às pautas indicadas acima, se assim for de interesse da comunidade.

Atenciosamente,
Roberto Pereira (UFPR)

Profa. Teresa Bernarda Ludermir (CIn-UFPE)

Eu me chamo Teresa Bernarda Ludermir e sou professora titular do Centro de Informática da UFPE (CIn-UFPE), onde trabalho desde 1992. Fiz graduação (1983) e mestrado (1986), em Computação, no CIn-UFPE e doutorado (1990) no Imperial College London.
  
Minhas principais áreas de interesse são Aprendizado de Máquina, e Inteligência Artificial. Tenho como prioridades o uso ético e responsável da Inteligência Artificial — uma IA justa, sem vieses, que respeite a privacidade —, a formação de recursos humanos de excelência em Computação, o estímulo à participação de mulheres e minorias na área, e a promoção da Computação como ferramenta estratégica para políticas públicas sustentáveis.
 
Minha trajetória na SBC:
 
Atualmente coordeno a Comissão de Inteligência Artificial que assessora a presidência da SBC e foi responsável por elaborar o Plano de Inteligência Artificial da SBC, disponível na SOL (https://books-sol.sbc.org.br/index.php/sbc/catalog/book/141). Ao longo de décadas, tive uma participação ativa e contínua na Sociedade, incluindo: Membro da Comissão Especial de Inteligência Computacional (então Redes Neurais) 1994-1997, 1998-2004, 2010-2013, sendo a coordenadora da Comissão nos períodos 1996/1997, 2002/2004, 2010/2012. Fui coordenadora geral e de comitê de programa de vários eventos da SBC entre eles: Coordenadora Geral de 3 Simpósios Brasileiros de Redes Neurais e BRACIS; Coordenadora do Comitê de Programa de 3 Simpósios Brasileiros de Redes Neurais; e Coordenadora Geral do Concurso de Teses e Dissertações. Fiz parte do comitê de programas de inúmeros eventos da SBC desde a conclusão do doutorado em 1990.
 
Fui agraciada em 2015 com o Prêmio do Mérito Científico da Sociedade Brasileira de Computação e o Prêmio do Mérito Científico das Comissões Especiais de Redes Neurais e Inteligência Artificial da Sociedade Brasileira de Computação. 

Compromissos como conselheira da SBC 

Com base em minha experiência e em sintonia com os objetivos estratégicos da SBC, comprometo-me a: 
• Fortalecer políticas públicas e ações estruturantes de ciência e tecnologia na área de Computação; 
• Apoiar a qualificação e a atualização de profissionais em todo o território nacional, nos níveis de graduação e pós-graduação; 
• Estimular a aproximação entre academia, governo e setor produtivo, promovendo ecossistemas de P&D; 
• Defender políticas de fomento que ampliem o investimento na área de Computação, junto a agências de fomento e órgãos de governo; 
• Atuar ativamente por mais inclusão e diversidade — de gênero, raça, território, perfil socioeconômico — e pela redução das desigualdades na formação e na pesquisa; 
• Promover a mobilidade nacional e internacional de pesquisadores e estudantes; 
• Valorizar e aprimorar os eventos científicos, concursos e periódicos da SBC; 
• Fortalecer o papel da SBC como interlocutora em fóruns nacionais e internacionais, colaborando com sociedades como a ABC, SBPC, IEEE, e outras. 
Acredito que a SBC tem papel fundamental na construção de uma Computação mais inclusiva, responsável e transformadora para o Brasil. Estou pronta para contribuir com dedicação, experiência e compromisso com a comunidade. 
 
Peço o seu apoio para esta nova jornada.  
 
Resumo do CV Lattes 
Teresa Ludermir é professora Titular de Inteligência Artificial do Centro de Informática da UFPE desde 2007 e bolsista de Produtividade em Pesquisa desde 1992 sendo PQ 1A desde 2012. É Membro da Ordem Nacional do Mérito Científico (Classe: Comendadora), Membro da Academia Brasileira de Ciências, Fellow da Asia-Pacific Artificial Intelligence Association (AAIA), Membro sênior do IEEE e da International Neural Network Society (INNS), e Membro da Academia Pernambucana de Ciências. Foi agraciada com vários prêmios científicos entre eles, os Prêmios do Mérito Científico da Sociedade Brasileira de Computação e das Comissões Especiais de Redes Neurais e Inteligência Artificial. Possui graduação e mestrado em Ciência da Computação pela UFPE e doutorado pelo Imperial College of Science, Technology and Medicine – University of London. Tem experiência em gestão científica e acadêmica e já ocupou inúmeros cargos: Diretoria de Pós-graduação da UFPE (2051-2019), Coordenadora Adjunta na CAPES desde 2022, Comitê Assessor de Ciência da Computação do CNPq (2005-2008, 2015-2017, 2020-2023, sendo coordenadora do comitê por dois mandatos), Comitê Assessor de Ciência da Computação da CAPES (2016-2017, 2021-2022), Coordenadora de Pós-Graduação (1998-2001), Câmara de Ciências Exatas da FACEPE (2003-2006), Coordenadora da Comissão de Redes Neurais da SBC (1996-1997, 2002-2004, 2010-2012), UK Expert Advisory Panel of State of Science Report for the risks associated with frontier AI, Board of Governors da International Neural Network Society (2015-2017, 2019-2021), IEEE Awards Board (2017-2022) entre outros. Foi editora chefe do periódico International Journal of Computation Intelligence and Application (2004-2012), e editora associada de várias revistas científicas tais como IEEE Transactions on Neural Networks and Learning Systems (2018-2022), Neural Networks (2020-2022). Publicou mais de 90 artigos em periódicos especializados e mais de 300 trabalhos completos em anais de congressos. Possui 28 capítulos de livros e 5 livros publicados. Tem índice h no google acadêmico de 50 com 11.195 citações. Orientou mais de 40 dissertações de mestrado e de 25 teses de doutorado. Desde 1991 já participou de mais de 50 projetos de pesquisa financiados, sendo que atuou como coordenadora em mais de 30 destes, vários destes projetos de cooperação internacional. É a coordenadora do INCT, Instituto Nacional de Inteligência Artificial, financiado pelo CNPq e diretora Centro de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial para Segurança Cibernética aprovado no âmbito de Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica entre FAPESP e MCTIC/CGI. Tem participado ativamente da organização e de comitês de programas das principais conferências nacionais e internacionais em redes neurais e inteligência computacional, bem como de comitês editoriais de periódicos nacionais e internacionais. Atuou como professora e/ou pesquisadora visitante junto ao Imperial College London, Kings College London, INRIA Paris-Rocquencourt, Université dOrléans, Max-Planck-Institut für Molekulare Genetik Berlin. 
 
Mais informações em: 
https://lattes.cnpq.br/6321179168854922