Assim como as pesquisas em Inteligência Artificial (IA) não são algo recente, a tentativa de uso dela na área médica também não é inédita. Desde meados dos anos de 1965, tenta-se o uso de técnicas de IA na área médica. Mas, claro, as pesquisas na área com essas tecnologias eram limitadas e pouco efetivas para serem usadas como ferramenta no mercado de saúde. Com a passagem do tempo surgiram novos métodos e técnicas na área da ciência da computação, que, aliados ao grande volume de dados existentes na área médica, mudaram este cenário. Os investidores e estudiosos estão bem otimistas sobre a incorporação de plataformas de IA para melhorar o atendimento e o apoio à decisão médica. Um estudo de 2016 do centro de pesquisa de mercado Frost & Sullivan revelou que o mercado de IA relacionado com cuidados de saúde deverá atingir US$ 6,6 bilhões em 2021, representando uma taxa de crescimento anual de 40%. A pesquisa apontou que o apoio clínico da IA pode fortalecer os processos de diagnóstico de imagens médicas.
Atualmente, com o grande volume de dados sobre a descoberta tanto de novas drogas quanto de doenças, torna-se muito difícil para o profissional de saúde conhecer tudo. Essas ferramentas irão auxiliar na conduta dos médicos e permitirão que eles tenham mais tempo para se dedicar ao cuidado do paciente e praticar a humanização da medicina. Outro ponto é a importância em preparar a nova geração de profissionais da saúde para saberem usar adequadamente estas ferramentas. Sendo assim, conseguiremos aproveitar todo o potencial desta área na melhoria da qualidade de vida, e não somente no tratamento e diagnóstico de pacientes.
Márcia Ito
Médica, membro da Comissão Especial de Computação Aplicada a Saúde da Sociedade Brasileira de Computação (SBC).
Jornal do Comércio | Artigos | Online | 30/01/2018
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