48ª Final Mundial do ICPC em Astana, no Cazaquistão, contou com presença de oito equipes do Brasil

Oito equipes brasileiras representaram o país na maior competição de programação do mundo, a Final Mundial do ICPC (International Collegiate Programming Contest) 2024, realizada de 15 a 20 de setembro, em Astana, capital do Cazaquistão. No total, concorreram 140 equipes, somando 420 competidores de mais de 50 países em todo o mundo. 

Entre as oito equipes do Brasil, a equipe da Universidade de São Paulo (USP) foi a que obteve o melhor desempenho, ficando na 38ª colocação, tendo resolvido seis problemas nas cinco horas de prova. Apesar de não ter medalhado, a equipe foi destaque com a menção “high honors”, já que ficou muito próxima da equipe do Swarthmore College, da Pensilvânia, Estados Unidos, que recebeu medalha de bronze, resolvendo sete problemas. Intitulada “Codando e coringando”, a equipe era formada pelos estudantes Willian Miura Mori, Nathan Martins e Luan Ícaro Pinto Arcanjo, e o coach Enrique Junchaya.

Além deles, o time Brasil contou com equipes do Instituto Militar de Engenharia (IME), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Goiás (UFG)Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), que resolveram cinco problemas, classificando com “honors”, além dos times da Udesc, que resolveu quatro problemas, e da USP – campus São Carlos, que resolveu doi problemas, ambos recebendo “honorable mention”. 

“As cinco equipes brasileiras que resolveram cinco problemas tiveram desempenho superior ao da metade das equipes participantes, colocando as equipes brasileiras num bom posicionamento. A equipe da Udesc fez sua primeira final mundial, e resolveu quatro problemas, com excelente desempenho”, destaca o professor Carlos Eduardo Ferreira (USP), Diretor de Competições Científicas da SBC, que acompanhou os times brasileiros.

Também acompanharam os brasileiros: o professor Bruno Ribas (UnB), Diretor de Sistemas da Região Latino-Americana; professor Vinicius Santos (UFMG), Juiz Chefe da Competição no Brasil; professor Anderson Araújo (UFMS), Diretor de Operações das Finais Brasileiras; e a Professora Lucy Tabuti (PUC-SP), Diretora de Patrocínios da competição brasileira.

“A competição teve um nível altíssimo e o nível médio dos times brasileiros foi muito superior ao de finais passadas. Tivemos um time próximo a receber uma medalha, a um problema de distância. Nosso objetivo próximo é sempre ter times com medalhas, ou muito próximos disso. Lembrando que são apenas 12 times medalhados, em 140 times participantes, o que torna esta tarefa bastante difícil.”, explica o professor Carlos. 

A vitória da 48ª Final Mundial foi concedida à equipe da Universidade de Pequim, da China. Entre os 18 times latino-americanos que viajaram destacou-se o time da Universidade de Buenos Aires, que foi 17º lugar, com sete problemas resolvidos, recebendo “highest honors”.. A última vez que um time latino-americano conquistou uma medalha nas finais mundiais do ICPC foi em 2003. 

Maratona SBC de Programação 2024

A primeira fase da Maratona SBC de Programação aconteceu em 31 de agosto de 2024 em 48 sedes espalhadas pelo país: 6 no Centro-Oeste, 15 no nordeste, 7 no norte, 16 no sudeste e 4 no sul, reunindo 880 times de 226 escolas. A competição ocorreu simultaneamente na Bolívia (292 times), México (541 times) e na América Central (80 times).

Os 65 melhores times participam na Final Brasileira, que será em João Pessoa, de 7 a 10 de novembro. Nesta competição serão selecionados os times que representarão o Brasil na final latino-americana, que será realizada em março de 2025, em Salvador, na Bahia